21 dezembro 2016

Grupo Turco ESAN investe no sector mineiro Alentejano

No final de Novembro, o grupo turco ESAN assinou dois contractos para a prospecção e pesquisa de zinco e cobre no sector mineiro do Alentejo, que implicam um investimento mínimo de 7,6 milhões de euros.


Os contratos assinados formalizam o consórcio criado em Abril, que inclui a uma participação de 15% da Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM). Segundo Rui Rodrigues, presidente da EDM, “os dois contratos com o grupo turco ESAN são para a prospecção e pesquisa na área demarcada de Alcácer e São Pedro de Cabaças”. Nesta fase a entidade pública não terá de avançar com qualquer investimento, uma vez que o contrato formalizado já acautela os gastos iniciais.
Questionado sobre o tempo de estudo, Rui Rodrigues admite que entre o arranque destes trabalhos e a abertura da mina podem passar entre 12 a 15 anos. “Esperamos ter a avaliação concluída em 2025 e abrir a mina em 2032, o que não acontece em Portugal há 34 anos”. A assinatura destes contratos possibilitará a conclusão dos trabalhos iniciais de prospecção na área do Monte das Mesas.

A EDM vai ainda assinar outro contrato com o Governo na área de Rosário (nos concelhos de Castro Verde, Aljustrel, Almodôvar e Ourique), o que implica um investimento de 500 mil euros. A esta entidade quer estar presente em todas as fases de vida das minas assim, em Setembro, foi lançado um concurso de 20 milhões de euros para a requalificação turística das minas de São Domingos, no Alentejo, desactivadas há 50 anos. “Queremos participar na requalificação do passado mineiro para que as comunidades deixem de considerar as minas um problema”, explica o responsável.

Para Rui Rodrigues, para além do cobre e do zinco, Portugal tem potencial para a exploração mineira de ferro, ouro, tungsténio e volfrâmio. “O sector mineiro tem um potencial de 136 mil milhões de euros segundo estudos de 2010 e há dados que indicam que o potencial pode chegar ao valor do PIB”.
O Governo tem apostado no sector mineiro nacional, tendo aprovado, em Julho, 13 contratos de concessão mineira: oito novos contratos de pesquisa e prospeção e a formalização de mais cinco, em vários concelhos de norte a sul do país. A mina de Moura-Ficalho foi concessionada à Green Arrow Resources, a de Vale de Guizo à EPA, a Ester à Minerália e as minas do Caramulo à Medgoldminas. Já a exploração de Freixeda foi entregue à Minaport, as minas de Monforte foram concessionadas à Iberian Resources e as de Trás-os-Montes à Expertisemorning.

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Fonte: Dinheiro Vivo (2016)

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